sexta-feira, 10 de março de 2017

MULHERES QUE FIZERAM HISTORIA EM NOSSO ESTADO



DALVA BACELAR: UMA MULHER QUE FEZ HISTORIA EM  COELHO NETO-MA    


Maria Dalva Machado Bacelar era a filha mais velha de Raimundo de Melo Bacelar (Duque Bacelar) e Maria Machado Bacelar. Nasceu em 30 de Fevereiro de 1924 em Coelho Neto e faleceu na tarde de ontem (26) em Recife - PE. Foi casada com Paulo Morais Vilaça. Concluiu os estudos e logo em seguida foi nomeada Prefeita de Coelho Neto.
Na década de quarenta, também se destacou na administração municipal como a prefeita Dalva Bacelar – posteriormente deputada constituinte maranhense nas eleições de 1947 –, no município de Coelho Neto.
Em sua administração, priorizou a organização fundiária do município, em virtude de litígios com a Igreja Católica que já duravam anos. Por essa razão, enfrentou a oposição do Padre Alfredo Bacelar, que se tornou grande adversário da família da prefeita. Foi dele o comentário jocoso quando a prefeita se dirigia a cavalo para dar expediente na prefeitura:

Nas eleições de 1947, o Partido Proletário Brasileiro (PPB), controlado por Vitorino Freire, elege Sebastião Archer da Silva como governador. Ele indica vinte representantes para elaborar a Constituição do Estado, dentre as quais Maria Dalva Bacelar, representante dos municípios de Coelho Neto, Buriti e Chapadinha, e única mulher eleita nesse período (O GLOBO, 18/03/1947).

É também a mais jovem deputada, eleita com apenas vinte e dois anos. Dalva Bacelar é filha de um tradicional comerciante do Maranhão, pertencente à família Bacelar, que ainda hoje domina a região de Coelho Neto, grande produtora de óleo de babaçu. Conclui seus estudos em 1942 e, logo em seguida, é nomeada prefeita de Coelho Neto pelo então interventor Saturnino Belo, iniciando, assim, sua vida pública. Era “uma época que moça não saía sozinha”, enfatiza Dalva Bacelar.
Para administrar os negócios da prefeitura, a prefeita viajava para São Luís, muitas vezes acompanhada de seu irmão mais jovem. A juventude e a determinação de Dalva Bacelar foram, sem dúvida, pontos que marcaram sua carreira política. De imediato, ela percebeu que melhorar as condições do município passava por decisões que vinham “mais de cima”.
Embalada pela “indireta” do padre Alfredo Bacelar, resolveu candidatar-se a deputada estadual. Alertada pelo pai, que lhe informou que não seria possível se eleger apenas por Coelho Neto, a então prefeita viajou pelos municípios de Chapadinha, Buriti e Brejo, em busca de apoios de líderes políticos locais.
Dalva Bacelar foi eleita com 929 votos, porém teve que enfrentar batalhas judiciais travadas contra o juiz de Coelho Neto, que usou muitos artifícios para anular sua eleição

Nenhum comentário:

Postar um comentário