Educação contra a velhice
© Colagem: Voz da Rússia
As pessoas inteligentes têm vidas mais longas, segundo evidenciam dados estatísticos de diferentes países, incluindo a Rússia. Ao mesmo tempo, o número de pessoas inteligentes no mundo está aumentando. Assim, há na Terra uma tendência de aumento do tempo médio de vida humana.
O ser humano não poderá viver sempre. Mas é realista aumentar a duração média
de sua vida até os 120 anos. Mais inda, há uma grande probabilidade de
isso acontecer ainda neste século. Foi também isso, em particular, que
afirmou na conferência internacional de antropologia Serguei Gradirovskyo, membro do conselho de peritos do governo da Rússia.
Nos
países economicamente prósperos, as pessoas já vivem uma média de 85
anos. E todos os dias este número aumenta, nota o diretor do Centro
Nacional russo de Gerontologia, professor Vyacheslav Krutko:
"No século passado houve um aumento na expectativa
de vida em quase o dobro em comparação com o início do século.
Principalmente devido ao fato de que o homem aprendeu a resistir ao meio
ambiente externo. Ou seja, o maior número de vidas humanas foram salvas
pela tecnologia de cloração da água, pela descoberta de vacinas,
antibióticos, e pelo desenvolvimento da medicina em geral. Descobriu-se
que já nos anos 1960—1980, em países desenvolvidos, o homem aprendeu a
conviver confortavelmente com o ambiente externo. Depois disso,
observa-se o seguinte fenômeno: nos países desenvolvidos, a expectativa
de vida aumenta a uma taxa de aproximadamente 3 meses por ano. Na
Rússia, ao longo dos últimos 5 anos, foi estabelecido um recorde - foi
registrado um aumento de 9 meses por ano. No entanto, tal aumento
acentuado está principalmente ligado ao anterior declínio da expectativa
de vida na década de 1990."
Mas este aumento no tempo de vida humana
não pode ser infinito. Os recursos do corpo têm limites inicialmente
definidos pela natureza, destaca o presidente da Associação Europeia de
Gerontologia e Geriatria, membro correspondente da Academia Russa de
Ciências Médicas Vladimir Khavinson:
"A
expectativa de vida da espécie humana é a mesma desde o surgimento da
vida na Terra. Este número não mudou, do ponto de vista da teoria
evolutiva, para cada espécie animal, incluindo ser humano. Ou seja, a
espécie tem um limite definido de vida. Para os seres humanos, esse
limite é de 110—120 anos."
Alcançar
o tempo máximo de vida é possível, mas é difícil. Primeiro, para isso é
desejável viver num país com uma economia desenvolvida, onde a medicina
está a um nível alto e existem bons serviços sociais do Estado. Em
outras palavras, algures onde uma pessoa não tenha que se preocupar com
ninharias, porque neuroses nos roubam anos de vida. E em segundo lugar,
manter um estilo de vida saudável e tomar preparações especiais é
indispensável, enfatiza Vladimir Khavinson:
"Entre
outros meios capazes de aumentar a duração da vida, são indispensáveis a
restrição calórica da comida, o uso de antioxidantes, de certas
vitaminas, de bio-reguladores peptídicos e medicamentos como a
metformina (medicamento para baixar a glicose). Ao manter uma abordagem
abrangente, isso pode aumentar a longevidade do corpo em 20-30 por
cento."
É
importante não apenas prolongar a vida humana, mas a sua fase ativa,
para que o período que se costuma chamar de velhice comece aos 90—100
anos, não antes. A introdução de novas tecnologias torna isso possível,
dizem os cientistas. Em particular, na Rússia é considerada uma direção
promissora a do desenvolvimento de drogas ativadoras de telomerase - uma
enzima que permite às células se multiplicarem rapidamente, bem como
medicamentos capazes de ativar as células-tronco da própria pessoa. Os
resultados de experimentos com camundongos e ratos são bastante
impressionantes. A próxima fase será a de experimentos em seres humanos.
Mas
enquanto as "pílulas contra a velhice" estão sendo aprovadas, os
cientistas descobriram um meio capaz de garantir já hoje uma vida longa
com clareza da mente e vigor do corpo. É a educação. Já está provado que
quanto mais desenvolvida é a inteligência da pessoa, mais tempo ela
vive, informou o diretor do Centro Nacional de Gerontologia Vyacheslav
Krutko:
"Há
um padrão bem definido - pessoas mais inteligentes e mais educadas
vivem mais tempo. Isso foi demonstrado em muitos experimentos, em
exemplos de estatística tanto no exterior como na Rússia. Por exemplo,
em São Petersburgo há uma área onde em tempos foram alocados
apartamentos para os trabalhadores de uma associação
científico-industrial. Eles não são mais ricos do que os moradores da
cidade na média, mas eles são mais inteligentes, educados em faculdade. E
em expectativa de vida eles estão próximos dos habitantes de países
europeus."
Além
disso, nas últimas décadas foi descoberta uma tendência: cada nova
geração é mais inteligente que a anterior. Em particular, os autores do
teste de medição do QI - o quociente de inteligência - veem-se
obrigados, a cada 10 anos, a complicar as perguntas e a elevar os
padrões para o nível médio. Consequentemente, cada nova geração também
irá viver mais tempo.
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