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Repressão e tortura em Belo Monte
Em
14 de outubro, os operários da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em
Vitória do Xingu – PA, se levantaram contra a brutal repressão e a
ocupação permanente do canteiro de obras pela Força Nacional. Era
horário de intervalo nos trabalhos quando os soldados da Força Nacional
desencadearam repressão contra os trabalhadores que resistiram. O
refeitório e as instalações da área de lazer do canteiro de obras, assim
como um carro da segurança da Norte Energia, empresa responsável pelas
obras da usina, foram alvo da revolta dos trabalhadores e incendiados.
Há graves denúncias de tortura e outros abusos cometidos contra os nove
operários presos durante a ação das forças de repressão.
Esses operários foram mantidos arbitrariamente encarcerados durante quatro dias em Altamira, cidade vizinha.
Segundo
informações veiculadas pelo monopólio das comunicações, os soldados da
guarda pretoriana de Dilma/PT teriam desatado a repressão contra os
trabalhadores quando supostamente ocorria uma "briga entre os próprios
operários", versão já utilizada pelas forças de repressão para tentar
justificar ataques contra operários em outras ocasiões. Em março de
2011, por exemplo, a imprensa reacionária vendeu a notícia de que a
primeira grande revolta operária em Jirau - RO teria começado com uma
briga entre trabalhadores e motoristas de ônibus. Os fatos e as
sucessivas revoltas em outros canteiros de obras do PAC, somadas às
incontestáveis provas de crimes trabalhistas cometidas pelo governo e
pelas empresas, as denúncias de repressão, prisões, tortura,
desaparecimento e assassinatos de operários provaram o contrário.
"Trataram a gente igual bicho"
Informações de Felype Adams, do blog Altamira Hoje
Libertados
no dia 17, os operários presos em Belo Monte denunciaram as atrocidades
cometidas pelos soldados da Força Nacional em 14 de outubro:
"Eles
chegaram metendo bala de borracha e bicuda na gente, batendo em todo
mundo e jogando a gente da cama, tratando nós igual trata animais",
disse Nailton Pedro, trabalhador que veio de Belém.
Os
trabalhadores estão revoltados e vão juntos mover uma ação contra o
CCBM (Consórcio Construtor de Belo Montte). Eles querem ainda reparação
de danos morais, materiais e falsa acusação.
"Eles
estão saindo da delegacia e já foram até demitidos, eles não tem para
onde ir, vamos esperar que a empresa se responsabilize, solicitamos
documentos e nada dos envolvidos foi apresentado até o momento, eles
foram torturados dentro do alojamento", disse Fernando Gonçalves
Fernandes, advogado dos trabalhadores.
RONDÔNIARibeirinhos protestam na Usina de Santo Antônio
Na
madrugada de 17 de outubro, cerca de 350 famílias ribeirinhas dos rios
Madeira e Jamari, moradoras da região atingida pelas obras das Usinas
Hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Samuel, bloquearam a Estrada do
Santo Antônio e a BR 364, sentido Jaci-Paraná – acessos ao canteiro de
obras da Usina de Santo Antônio.
Durante
o protesto, os ribeirinhos, organizados pelo Movimento dos Atingidos
por Barragens – MAB, apresentaram uma extensa pauta de reivindicações
que envolvem:
Entre
as reivindicações e denúncias também estão os direitos dos povos e
nações indígenas em cujo território estão situadas as instalações e
obras das usinas e direitos dos ribeirinhos e camponeses prejudicados
por essas obras.
PIAUÍOperários param obra de rodovia
Em
21 de outubro, cerca de 70 trabalhadores da construção paralisaram os
trabalhos de pavimentação da PI-259, que liga os municípios de Curral
Novo a Paulista, no sul do Piauí, contra as péssimas condições de
trabalho, atraso no pagamento dos salários e horas-extras, entre outros
graves problemas.
Os
trabalhadores denunciaram que até mesmo a água para consumo próprio
tinha que ser levada por eles, pois não era fornecida pela empresa. Eles
também protestaram contra a má qualidade da alimentação fornecida e
irregularidades cometidas pela empresa quanto a jornada de trabalho.
Além disso, afirmam que não há Equipamento de Proteção Individual – EPI
para todos. Os operários estão sem receber o adicional noturno e as
cestas básicas acordadas na última convenção coletiva não estão sendo
distribuídas. Vários operários em atividade há mais de 30 dias
permaneciam sem registro em suas carteiras de trabalho.
De
acordo com matéria publicada em acessepiaui.com, após a assembleia
geral dos trabalhadores que deliberou a deflagração da greve, operários
foram ameaçados "pelo prefeito de Paulistana, Didiu, que estava
acompanhado de policiais militares piauienses".
Fonte: A NOVA DEMOCRACIA
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