quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Policia Federal prende madeireiros suspeitos de desmatar reserva indígena no MA

A Polícia Federal cumpriu oito mandados de busca e apreensão em serrarias e destruiu caminhões usados para retirar madeira da reserva indígena Araribóia.


A Polícia Federal realizou entre os dias 24 e 25 de setembro a operação
 “Ybyra Cicue” na Terra Indígena Araribóia, entre os municípios de Amarantedo 
Maranhãoe Arame, com o objetivo de desarticular um grupo suspeito de extração
 ilegal de madeira. A ação teve o apoio do MPF, IBAMA e Polícia Ambiental.
A PF não divulgou nome de cada suspeito preso. Todos foram conduzidos para Delegacia de 
Polícia Federal em Imperatriz, onde foram indiciados por desmatamento e comércio ilegal de
madeira, além de ameaça a indígenas e associação criminosa.Ao todo, foram 
cumpridos oito mandados de busca e apreensão com o objetivo de colher provas para o
 decorrer das investigações. A polícia também apreendeu maquinários em duas serrarias - 
que foram embargadas e multadas pelo IBAMA - e destruiu dois caminhões “toreiros” 
que estavam dentro da Terra Indígena.
Foto: Divulgação/Polícia Federal

FONTE G1 MA

25/09/2019

POLICIA FEDERAL PRENDE EX-GOVERNADOR DO ESTADO DO TOCANTINS MARCELO MIRANDA

O pai dele, Brito Miranda, e o irmão também foram presos. Os três são investigados em operação sobre corrupção.


A Polícia Federal prendeu preventivamente, nesta quinta-feira (26), 
o ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda (MDB), seu pai, 
José Edmar Brito Miranda, e seu irmão, Brito Miranda Júnior.
 Eles são suspeitos de integrar uma organização criminosa que teria
 causado prejuízo de R$ 300 milhões aos cofres públicos. Entre
 os crimes investigados estão corrupção, fraude em licitações e 
desvio de recursos públicos.
Miranda estava em Brasília, no apartamento funcional da mulher, a 
deputada Dulce Miranda (MDB). Ela não é investigada. Brito, que tem 
85 anos, foi preso em Palmas, onde a PF também cumpre um 
mandado de busca e apreensão na casa do ex-governador. 
Brito Miranda Júnior estava em Santana do Araguaia (PA).
 As medidas foram autorizadas pela 4ª Vara Federal de Palmas.
A defesa da família informou que "a princípio não há fatos que
 justifiquem o pedido de prisão", mas vai se posicionar somente após
 ter acesso à decisão.
Esta é a segunda ação da PF nesta semana para investigar Marcelo 
Miranda. Na quarta-feira (25), durante a operação Carotenóides
a polícia prendeu um casal suspeito de ser laranja do ex-governador 
para o registro de veículos e imóveis

Investigações

O objetivo da operação desta quinta é desarticular uma organização criminosa suspeita de prática constante de atos de corrupção, peculato, 
fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de 
vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais.
"Um núcleo familiar, composto por três 
pessoas influentes no meio político do 
Tocantins, sempre esteve no centro das investigações, com poderes suficientes para aparelhar o estado, mediante a ocupação de 
cargos comissionados estratégicos para a 
atuação da organização criminosa", 
diz nota da PF.
De acordo com a Polícia Federal, mesmo depois das investigações 
tornarem-se públicas, o grupo continuou fazendo operações simuladas envolvendo o comércio de gado de corte e empresas de
 fachada, construção e venda de imóveis.
Investigadores identificaram que os atos ilícitos estão agrupados ao
 redor de sete grandes eixos econômicos, que envolvem administração
 de fazendas e de atividades agropecuárias, compra de aeronaves,
 gestão de empresas de engenharia e construção civil, entre outros.

Mandados judiciais

Ao todo, são cumpridos nesta quinta 11 mandados de busca e
 apreensão e três mandados de prisão preventiva.
A operação ocorre nas cidades tocantinenses de Palmas, Tocantínia,
 Tupirama e Araguaína, além de Goiânia, Santana do Araguaia (PA), 
Sapucaia (PA) e São Felix do Xingu (PA).
Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em
 endereços de Marcelo e seu pai, Brito Miranda, em seis fazendas e
 uma empresa no Tocantins. Os alvos também tiveram os sigilos
 bancários afastados.
O nome da operação desta quita, 12º Trabalho, faz referência ao 12º 
trabalho de Hércules, seu último e mais complexo desafio, que 
consistia em capturar Cérbero.

Cassações e outras operações

Marcelo Miranda foi eleito governador do Tocantins três vezes, sendo cassado duas vezes. Ele governou o estado entre 2003 e 2009 e entre 
2015 e 2018. A última cassação foi por causa de um avião apreendido 
em Goiás com material de campanha e R$ 500 mil ligados a 
Ele também foi eleito senador da República, mas não pôde assumir 
porque foi considerado inelegível.
Marcelo Miranda já foi alvo de diversas investigações das Polícias 
Federal:
  • Reis do Gado (2016): investigou um esquema de lavagem de 
  • dinheiro e fraudes em licitações públicas. Miranda chegou a ser 
  • conduzido coercitivamente para prestar depoimento no caso. 
  • Parentes dele foram indiciados, inclusive o pai, Brito Miranda.
  • Marcapasso (2017): apurou fraudes em licitações, cobrança por 
  • cirurgias na rede pública e até a realização de procedimentos 
  • desnecessários em pacientes para desviar recursos. O ex-secretário
  •  estadual da saúde Henrique Barsanulfo Furtado foi um dos indiciados.
  • Convergência (2017): Miranda foi indiciado em ação sobre fraude em contratos para construção de rodovias.
  • Pontes de Papel (2018): investigou desvios destinados à execução 
  • de construção de pontes e rodovias no estado.
  • Lava Jato: um delator da Odebrecht disse que Miranda recebeu 
  • R$ 1 milhão para campanha em 2014.
Em 2019, o ex-governador também foi indiciado pela Polícia Civil em um inquérito que apura a existência de servidores fantasmas no 
governo do Tocantins.
Fonte:TV Globo e G1 TO
26/09/2019